3 de out. de 2012

Estivemos na Cia. de Artes, no centro de Porto Alegre, para o encontro dos artistas com os candidatos a vereadores. Foi ótimo!!! Vale a pena participar destes encontros. Estava na dúvida sobre meu voto. Já me decidi.

A vereadora Fernanda Merchionna estava lá e defendeu muito bem sua posição quanto á cultura e arte.
Ela sempre foi uma lutadora pelos direitos dos artistas de rua. Vejam reportagem abaixo:


Prefeitura de POA restringe atividades no Largo Glênio Peres

por Samir Oliveira

Projeto estabelece que somente Feira do Peixe pode ocorrer no local | Foto: Divulgação / PMPA

 

Ainda repercute nos movimentos populares de Porto Alegre um projeto de lei da prefeitura que restringe a realização de atividades culturais, artísticas e econômicas no Largo Glênio Peres – tradicional espaço que costeia o Mercado Público e a avenida Borges de Medeiros, no centro da Capital. O texto foi aprovado pela Câmara Municipal na última quarta-feira (14) e permite que somente a Feira do Peixe aconteça no local.

O projeto original previa que seria possível realizar também a Feira Estadual de Economia Solidária, mas uma emenda de autoria do vereador Nelcir Tessaro (PSD), aprovada nesta segunda-feira (19), retirou o evento do rol de atividades permitidas no Glênio Peres. Além disso, a lei estipula que “shows artísticos, espetáculos e eventos culturais que façam uso de palco e sonorização ficarão limitados a dois eventos mensais, com duração de no máximo um dia cada um”.

A lei também determina que artistas de rua poderão utilizar o Largo Glênio Peres, “desde que devidamente autorizados pelo Executivo Municipal por intermédio de seus órgãos competentes, vedada a utilização de som amplificado”.

O texto de apresentação da proposta, assinado pelo prefeito José Fortunati (PDT), justifica que é preciso proteger o pavimento do largo e sustenta que “muitas destas feiras (realizadas no local), devido sua natureza, não atendem o pressuposto necessário à destinação de um espaço público de uso comum do povo”.

O texto original foi aprovado por 23 votos contra somente dois (de Aldacir Oliboni, do PT, e de Fernanda Melchionna, do PSOL). Outros dois parlamentares estavam ausentes da sessão e nove se abstiveram. A emenda que retira a Feira Estadual de Economia Solidária do local foi aprovada por 17 votos contra 12, com uma ausência e seis abstenções.

“É um escândalo”, diz vereadora

A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) qualifica o projeto que restringe atividades no Largo Glênio Peres como “um escândalo”. “É uma tentativa de privatização e restrição da utilização de espaços públicos”, dispara a socialista.

Prefeitura privatiza espaços públicos, critica vereadora Fernanda Melchionna | Foto: Bolívar Abascal Oberto/CMPA


Ela acredita que, além dos prejuízos econômicos que algumas categorias terão, como a dos artesãos, a lei ataca o direito a manifestações no local. “A prática da prefeitura tem sido atacar determinadas manifestações populares”, critica, lembrando o caso do grupo teatral Levanta Favela, que foi detido durante uma intervenção artística na Esquina Democrática.
Fernanda ainda acusa os vereadores da base do governo de terem feito uma manobra para votarem às pressas o projeto. A previsão era de que a proposta fosse votada no dia 15, mesmo dia em que o presidente do Sindicato dos Artesãos do Rio Grande do Sul, Sérgio de Freitas Silva, iria se manifestar na tribuna contra a matéria.
O secretário municipal de Indústria, Comércio e Produção (Smic), Valter Nagelstein (PMDB), esteve na Câmara no dia 14 para articular a votação do projeto. “Que democracia é essa que vota um projeto sem ouvir o povo? Isso é um arremedo de democracia” recrimina Fernanda.
A antecipação da votação fez o presidente do Sindicato dos Artesãos mudar seu discurso, que estava orientado na tentativa de sensibilizar os parlamentares a não aprovarem o projeto. “O prejuízo será geral, estamos fadados a não conseguir fazer mais nada”, desabafa Sérgio de Freitas Silva.
Ele ressalta que a nova lei dificulta ainda mais as possibilidades de que a Semana do Artesão, realizada em 2010 no Largo Glênio Peres e impedida este ano, vire um acontecimento instituído por lei no calendário da cidade. “Pleiteávamos a ideia de consolidar esse evento em lei municipal. Nos puxaram o tapete”, critica.
Silva denuncia ainda que a Cooperativa dos Artesãos está sendo retirada pela Smic de uma loja que ocupa no segundo piso do Mercado Público. O espaço é cedido gratuitamente pela prefeitura. “São muito poucos os artesãos que têm loja própria, pois é muito caro para manter. Perdendo esses espaços, nos resta apenas a José Bonifácio, aos sábados e domingos, para expormos nossos produtos”, lamenta o dirigente sindical.
“Estão feudalizando a cidade”, alerta integrante do Largo Vivo
Desde que o titular da Smic, Valter Nagelstein (PMDB), disse em seu perfil no twitter que a existência de um estacionamento no Largo Glênio Peres traria “um público mais qualificado” ao Mercado Público, um grupo de pessoas, em sua maioria ciclistas, vem realizando encontros semanais no local com o objetivo de ocupar o espaço por pessoas, não por automóveis – como ocorre diariamente após as 18h. O movimento, que ficou conhecido como Largo Vivo, pode vir a ter suas atividades limitadas com a aprovação da lei que restringe atos culturais e artísticas no largo.
Felipe Martini, um dos integrantes do coletivo, contesta o argumento da prefeitura, de que a limitação dos eventos no Glênio Peres tem como objetivo a preservação do pavimento no local. “A mesma prefeitura que diz isso é a prefeitura que transforma o largo em estacionamento a partir das 18h, o que causa danos ao pavimento”, argumenta.
Ele considera que, se as feiras causam algum dano, devem ser responsabilizadas, não proibidas em sua totalidade. “Seria como proibir a existência das árvores porque os galhos poderiam cair em alguém”, compara. Martini acusa a prefeitura de estar adotando uma “postura política para restringir o espaço, não preservá-lo”. “Vemos cada vez menos espaços para manifestações. Estão feudalizando a cidade”, critica.
O integrante do Largo Vivo diz que o grupo nunca precisou pedir autorização para utilizar o espaço público. “O que fazemos é simplesmente utilizar uma praça como aquilo que ela é: uma praça. Diferente do que faz a prefeitura, que a utiliza como estacionamento.”
“O pessoal não tem limite, quando se atende uma coisa, querem outra”, diz Valter Nagelstein

Secretário diz que havia "ocupação abusiva e excessiva" do largo | Foto: Ramiro Furquim/Sul21


Articulador do projeto que estabelece regras para realização de atividades culturais, artísticas e econômicas no Largo Glênio Peres, o titular da Smic, Valter Nagelstein (PMDB), conversou por telefone com o Sul21 para responder às críticas em relação à lei.
O peemedebista esclarece que as medidas se inserem no contexto de revitalizar o centro histórico de Porto Alegre, junto com outras ações, como a revitalização da Praça Otávio Rocha. “Enfrentávamos, historicamente, um processo de depredação do largo, de ocupação abusiva e excessiva”, conta, acrescentando que estudos da prefeitura apontam que, a cada 30 dias, o local passa 15 dias ocupado por alguma atividade de caráter comercial ou religiosa. “Passam em torno de 400 mil pessoas por dia por ali, uma feira tem garantia de público e vende bem. Um pai de santo ou um pastor evangélico que se instale ali arrebanha muitos fieis”, exemplifica.
O secretário esclarece que “dos 12 meses do ano, em seis meses o largo permanecia ocupado com atividades que implicavam na montagem e desmontagem de grandes estruturas, o que contribui para o processo de degradação do piso”. Confrontado com o argumento de Felipe Martini, de que seria contraditório proibir eventos no largo para preservar o pavimento enquanto são permitidos veículos no local após às 18h, Nagelstein rebateu: “Tem algum laudo de alguém que é engenheiro nesse grupo?”, respondeu, em referência ao Largo Vivo.
O peemedebista considera que o coletivo é integrado por pessoas de extrema-esquerda. “O pessoal não tem limite, quando se atende uma coisa, querem outra. Esse movimento tem a mesma inspiração dos movimentos da extrema-esquerda. Eu respeito, eles têm legitimidade para postular suas causas. Mas também temos legitimidade para governar, existe todo um processo pelo qual passamos, por mais que anarquista não goste”, alfineta o secretário.
O peemedebista garante que não tem participação na redação da emenda do vereador Nelcir Tessaro (PSD), que proíbe a realização da Feira Estadual de Economia Solidária no Largo Glênio Peres. Mas Nagelstein confessa que o evento lhe causa “mal estar”. “Te confesso que essa feira me causava um mal estar”, admite.
Ele explica que a feira acaba retirando clientes que poderiam comprar os mesmos produtos no Mercado Público. “Essa feira foi instalada em dezembro, mês em que as pessoas mais podem vender. Ela compete com quem trabalha lá o ano inteiro”, avalia, acrescentando que muitos dos expositores vêm do interior do Estado. “É com esses (os porto-alegrenses) que a municipalidade tem obrigação. Não é um pensamento xenófobo, minha tarefa como secretário é promover a economia e o desenvolvimento de Porto Alegre. Se a feira é estadual, há o largo da Epatur, o espaço da Secretaria Municipal da Agricultura, o próprio Cais do Porto e o Centro de Exposições de Esteio”, sugere.
Sobre a manifestação do Sindicato dos Artesãos, que alega que terá prejuízos com  retirada de outros eventos do Glênio Peres e acusa a Smic de querer retirar uma sala da Cooperativa dos Artesãos no segundo andar do Mercado Público, Nagelstein alega que há o espaço do quadrante de feiras do Mercado para ser aproveitado pela categoria.
O secretário explica que a sala reivindicada pelo sindicato era utilizada pela cooperativa em parceria com o Sebrae, e o convênio já teria expirado. A intenção da Smic é utilizar o local para promover cursos de capacitação em gastronomia, numa parceria com o Senac, que investiria R$ 1,2 milhão no local. “Essa cooperativa tem 20 ou 30 pessoas. Do outro lado, tenho a possibilidade de qualificar o eixo gastronômico”, defende.
O peemedebista considera que os artesãos precisam se ajustar aos espaços disponíveis. “Mas querem tomar conta de tudo. Querem o largo, o quadrante e, se possível todas as lojas do segundo andar (do Mercado Público). Tem que ter limite, tchê! São que nem criança”, indigna-se o titular da Smic.
 

Artistas discutem políticas para a cultura com candidatos a vereadores

Artistas discutem políticas para a cultura com candidatos a vereadores

Encontros acontecem na Cia de Arte, nos dias 02 e 04 de outubro, a partir das 19 horas.

SATED/RS - http://satedrs.org.br/noticias
 
 
O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio Grande do Sul (SATED/RS) e a Associação do Centro Cultural Cia de Arte vão realizar no dia 02 (terça-feira) e no dia 04 (quinta-feira) encontros com candidatos a vereadores da capital. O objetivo é dialogar sobre questões referentes a propostas e projetos de lei direcionados a área da cultura em Porto Alegre. Os eventos acontecerão na Cia de Arte (Rua dos Andradas, 1780) das 19h  as 21 horas.
Foram enviados convites a todos os partidos que estão concorrendo às eleições 2012, para que eles indiquem os candidatos de suas legendas que tenham alguma plataforma ligada a cultura. Todos os profissionais da arte estão convidados a participar de mais este importante passo para construir um futuro melhor para a cultura do município.
Os encontros acontecerão no seguinte formato:
  • Apresentação pela classe de pontos a serem defendidos e aprimorados na legislação voltada a cultura em Porto Alegre (tempo de exposição 45 minutos aberto para a platéia).
  • Apresentação de proposta do candidato de sua atuação na Câmara em defesa da categoria (tempo para cada candidato dez minutos de exposição).
  • Finalização do encontro com assinatura de compromisso às causas acordadas com a categoria.
O que? Encontro da cultura com candidatos a vereadores de Porto Alegre
Quando? Dias 02 e 04 de outubro
Horário: Das 19 às 21 horas
Onde? Cia de Arte (Rua dos Andradas, 1780)

19 de set. de 2012

MOÇÃO DE APOIO AOS ARTISTAS DE RUA

Moção de apoio aos artistas de rua que vêm sendo vítimas de proibições e restrições quanto a suas manifestações artísticas.

20/1/2011 - DOU

MINISTÉRIO DA CULTURA
Conselho Nacional de Política Cultural
MOÇÃO Nº 35, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2010.
Moção de apoio aos artistas de rua que vêm sendo vítimas de proibições e restrições quanto a suas manifestações artísticas.
O CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CULTURAL – CNPC, reunido em Sessão Ordinária, nos dias 7 e 8 de dezembro de 2010, e no uso das competências que lhe são conferidas pelo Decreto nº 5.520, de 24 de agosto de 2005, alterado pelo Decreto nº  .973/2009, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, aprovado pela Portaria nº 28, de 19 de março de 2010, e:
  • Considerando que a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 5º, inciso IX, garante a livre expressão artística; 
  • Considerando que, no entendimento do CNPC, a passagem do chapéu é uma manifestação milenar que cria vínculo entre artistas e público e, portanto, não pode ser tratada como uma relação de comércio ou similar; e
  • Considerando que alguns municípios estão tratando os artistas de rua como comerciantes ilegais ou equiparando-os aos mega-espetáculos que são realizados em áreas públicas para multidões;
Aprova Moção de Apoio aos artistas de rua, segmento que vem sendo vítima de proibições e restrições quanto à realização de manifestações artísticas em espaços públicos em diversas cidades brasileiras.
O CNPC entende que as artes nas ruas e praças contribuem para que a relação dos cidadãos com sua cidade sejam mais afetivas, emotivas e solidárias e, desta feita, manifesta seu apoio aos artistas de rua, reconhecendo a importância dos herdeiros dos antigos saltimbancos, que enchem de sons e alegria as ruas e praças de cidades por todo o mundo.
JOÃO LUIZ SILVA FERREIRA
Ministro de Estado da Cultura
Presidente do Conselho Nacional de Política Cultural
MARCELO VEIGA
Coordenador-Geral do Conselho Nacional de Política Cultural
Publicado no D.O.U. de 20/01/2011, SEÇÃO 1, P. 3

31 de jul. de 2012



PARTICIPE DA CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA

NACIONAL PARA CULTURA E EDUCAÇÃO


Nos dias 13 e 14 de agosto, Porto Alegre sediará o segundo encontro do projeto Um Plano Articulado para Cultura e Educação, promovido pelo MinC, que terá ações nas cinco regiões brasileiras para a construção de uma nova política pública entre Cultura e Educação Quem pode participar dessa reunião? Educadores, alunos, lideranças sociais de comunidades, representantes de museus, centros culturais, pontos de cultura, bibliotecas e órgãos do governo da região Sul.


Conheça mais sobre a pesquisa acessando:
http://www.artedeeducar.org.br/promovendo-a-integracao-entre-cultura-e-educacao


A EXPERIÊNCIA ARTÍSTICA NA EDUCAÇÃO

A produção artística é uma experiência de transformação do real (Brito, 2005). Aí reside sua potência revolucionária. Ao dançar, tocar ou produzir imagens estamos alterando a ordem estabelecida, ou seja, criando outra realidade. Por meio da experiência artística, o sujeito modifica sua condição no mundo, pois se transforma e transforma seu entorno simultaneamente.
Quando entramos no mundo da arte, vivenciamos uma experiência com o outro que nos estimula, pois passamos a enxergar diferentes pontos de vista e ampliamos o vocabulário, enriquecendo nossas possibilidades. No campo da arte, podemos experimentar o outro não como adversário, mas como agente de instigação enriquecedora.
As experiências estéticas valorizam as possibilidades de influência mútua, de troca, são espaços onde nossos contornos culturais, formas e conceitos estão em constante ebulição, inacabados e inquietos. Para isso, não é preciso ser artista, mas é fundamental possuir uma formação em arte; é preciso usar os métodos artísticos, ou seja, investigar sob princípios distintos do científico, descobrir sempre, inquietar-se, não render-se ao estabelecido.
Um sistema educacional para além da escola buscará contaminar a educação de uma relação viva e dinâmica com o mundo. Buscará pensar em resultados para além dos acadêmicos ou alargar a própria noção de acadêmico. É tarefa das práticas artísticas a incorporação da dimensão subjetiva às práticas pedagógicas, bem como à suas metas e sistemas avaliativos.
BRITO, Ronaldo. Singular no plural. Experiência crítica. São Paulo: Cosacnaify, 2005.

Agosto que é o mês do Folclore e Porto Alegre terá 12 dias de festividades começando DIA 15/08 AS 20h no Teatro Renascença. Quartas na Dança - que faz parte do projeto da secretária Municipal de Cultura com apoio do Clube do Assinante apresenta:
II VIVA O FOLCLORE
1. AFROSUL ODOMODE
2. ANDANÇAS UFRGS
3. GINA VITOLA e SAYONARA LINHARES
4. TERRA FOLCLORE PALESTINO
5. RAÇA NATIVA
6. TANZ MIT UNS
7. I.C.A RAÍZES
8. JOPOL
9. KADIMA
10. NADIMA MURAD E GRUPO
11. SOLOVEY

Abrindo as festividades do 4º FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOLCLORE DE PORTO ALEGRE de 18 a 26 DE Agosto. Com os grupos internacionais de Gana: AMAMERE FOLK DANCE, Argentina:LA MARRUPEÑA, Chile: DANZARES LATINOAMERICANOS e Paraguai:TETÃGUA KYRÉY além dos nacionais.




TODAS AS ATIVIDADES DO FESTIVAL GRATUITAS .
Informações: 51-99442014 ou 99498368
Site: http://www.festfolcpoa.com.br/
email: festivalportoalegre@hotmail.com

PROGRAMAÇÃO:
18/08: 20h: Abertura oficial e homenagem a personalidade folclórica do estado beste ano será o Conjunto Farroupilha. local: Jantar no 35 CTG 19/08: 11h: Desfile etnográfico. Local: Brique da Redenção, Rua José Bonifácio. 19h: Espetáculo. Local: Teatro Dante Barone Assembleia Legislativa
20/08: 9h30min: Culto ecumênico e Plantio da Árvore da Paz. Local: Jardim Botânico. 15h: Visita em escolas. 18h: Oficinas de danças com os grupos internacionais. Inscrições pelo email. festivalportoalegre@hotmail.com
21/08: Dia livre turismo e divulgação da cidade realizadora.
22/08: 8:30h Visita em escolas. 11h30min: Desfile etnográfico dos grupos internacionais. Local: Rua dos Andradas. 20h: Espetáculo no Theatro Renascença.
23/08: 9h: Visita em escolas 15h: Visitas em escolas
24/08: 9h: Visita em escolas. 15h: Visita em escolas 20h: Festa das Etnias. Local: 35 CTG
25/08: 10h: Homenagem da Comissão Gaúcha de Folclore. Local: Camara de Vereadores 14h: Apresentação dos Grupos internacionais. Local: EXPOINTER
26/08: 11h: Desfile etnográfico dos grupos internacionais no Brique da Redenção. 19h: Espetáculo de
Encerramento

CAMPANHA DE DOAÇÃO DE COBERTORES, LENÇOIS E TRAVESSEIROS
O 4º Festival Internacional de Folclore de Porto Alegre receberá 100 artistas internacionais, para os quais necessitaremos cobertores, lençóis e travesseiros. Logo após o Festival, faremos doação desta arrecadação para Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC), para o Albergue municipal e os Abrigos Municipais, que acolhem pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade social.
Contato para Doações:
Fone: 32230108 ou 99442014 Email: festivalportoalegre@hotmail.com ou grupo.andancas99@yahoo.com.br

9 de mar. de 2012

Os públicos da dança

Sonia Sobral | terça-feira, 6 março 2012Um

A primeira parte deste texto tratou de expor um panorama, com dados históricos e atuais, sobre pesquisas e indicadores referentes ao público que consome cultura especificando ainda o público no Brasil e em dança. Como essa discussão é tema, sobretudo, nos equipamentos culturais propus refletir como público junto aos artistas.

Artista pensa no público?

É fato que repertório e valores simbólicos são fundamentais para a fruição estética. E isso é uma construção que se dá num período de tempo razoavelmente longo. Contudo, pode o artista ajudar a iniciar o público em seu trabalho? O artista da dança pensa no seu público ao construir seu trabalho? Se sim, como o faz? Se não por que não o faz? Em que medida os números apresentados na primeira parte deste texto ajudam ou não nessa reflexão? Enquanto o espectador for um dado estatístico como relacionar-se com ele? E como conhecê-lo?

É muito difícil para o artista conhecer os muitos perfis de público. Talvez ajude considerar aspectos da teoria da recepção.

Parece um tabu pensar no público como se isso significasse necessariamente fazer concessões no projeto artístico. Claramente não se trata de obedecer ao senso comum, submeter-se ao mercado, popularizar a obra ou proporcionar o conforto que a indústria cultural oferece. Trata-se, antes de tudo de ser dialógico.

Em Públicos da Cultura e as Artes do Espetáculo a autora Gisele Nussbaumer comenta a teoria da recepção pensada por José Sanchis Sinisterra e mostra que a recepção de um espetáculo, assim como a leitura de um livro é um processo interativo de retro-alimentação. Sinisterra lembra que o fenômeno estético acontece na interação e que o espectador que lá está, quer “ingressar no tecido ficcional que constitui a obra”.

O que nós público de arte contemporânea buscamos é a força que um discurso artístico pode ter, a particularidade como o artista interpreta e intervém no mundo e isso é potencial artístico e produtivo, para o qual gestores e institutos culturais devem trabalhar.

Não estamos falando de números. Defendemos projetos que, por sua natureza, se destinam a um “pequeno público” e, alcançado seu objetivo, esse “pequeno público” torna-se um grande e completo público. Contudo há muitos projetos que não deixam clara sua proposta, como se hermetismo fosse sinônimo de complexidade, ou na outra ponta, como se apresentá-lo como processo justificasse sua insipiência.

Essa é uma questão que merece reflexão e debate crítico de todos nós do campo da dança. O que artistas, grupos e editais estão dizendo quando usam o termo – processo?

Retenho duas perguntas do texto de Cecilia Almeida Salles (ver bibliografia). Processo é uma adjetivação ou uma espécie de gênero? A autora aponta a trivialização do termo que justifica aquilo que ainda não está pronto e se distancia da discussão elaborada sobre o inacabamento do processo contínuo de criação relativizando noções de origem e conclusão de uma obra.

Me parece claro que há projetos artísticos que necessitam mostrar situações momentâneas de sua construção, que têm o percurso criativo como tema ou outra razão para assim apresentá-lo. Se num passado recente acreditamos que a exposição de um processo de criação poderia levar ao debate entre artistas e ainda iniciar o público através de uma aproximação deste fazer, precisamos hoje avaliar o que aconteceu às obras e ao seu público.

Quanto ao espectador, este também deve emancipar-se. A postura colonizadora ou colonizada pode estar no programador, curador, produtor, artista, público, gestor etc.

Entrevistamos Marcelo Evelin, artista da dança piauiense, para a revista Continuum do Itaú Cultural (agosto, 2011) e apesar de as questões da entrevista não se relacionarem ao público, Marcelo quis falar do atual projeto do Núcleo do Dirceu, Mil Casas.

“Tenho me perguntado muito como chegar ao espectador, na pessoa. Isso tem sido prioridade para mim. Não penso em público como a sala de teatro cheia, mas sim em chegar a algumas pessoas e chegar realmente. Como criar a consciência no espectador, nesse espaço entre eu e ele? Ele tem que ser despertado e responsabilizado por essa relação, por esse entre. Penso que é uma busca por empatia”.

Dessa necessidade de aproximação nasceu o projeto subvencionado pela Petrobrás. Num prazo de dois anos os 15 artistas do Núcleo do Dirceu entrarão nas casas das pessoas para conhecer o espectador e se apresentar a ele através de uma ação performática.

Na entrevista, da qual também participou a artista paulista Thelma Bonavita, falamos da função da arte contemporânea hoje. Marcelo acredita que a forma de desconstruir e romper é permear. Trouxe a imagem da porta do elevador fechando e uma mão reabrindo-a permitindo a entrada de mais pessoas. Isso confirma meu sentimento de que é nessa fenda entre os dois lados que existe a possibilidade de criarmos sentidos juntos.

Para saber mais:
NUSSBAUMER, Gisele Marchiori (org.). Teorias e Políticas da Cultura: Visões Multidisciplinares. Salvador, Edufba, 2007.
SALLES, Cecilia Almeida. Indagações sobre o que pode (ser) um processo. Cartografia Rumos Itaú Cultural Dança 2009-2010.

*Esse texto, na íntegra, foi originalmente escrito como resultado do projeto Em busca de novos caminhos para a dança contemporânea de Angelo Madureira e Ana Catarina Vieira, contemplado no 9º Edital de Fomento à dança da cidade de São Paulo.

31 de jan. de 2012

ArtMobile Cia. organiza FLASHMOB DANCE em Canoas

ARTMOBILE CIA. COM NOVO PROJETO DE FLASHMOB DANCE PARA 2012

NOVA SEDE
Espaço Cultural ArtMobile: Rua Edgar Fritz Muller, 475 - Bairro Rio Branco - Canoas/RS

VOCÊ QUER PARTICIPAR?
Entre em contato!
(51)99624648 - artmobiledance@gmail.com